segunda-feira, 13 de junho de 2016

#prayfororlando

No post anterior eu falo sobre o choro, por quê?

Porque eu to triste, eu queria fazer um post sobre o que aconteceu em Orlando, mas o que aconteceu é tão inaceitável é tão perturbador que eu não consigo organizar palavras pra dizer o que to sentindo.  To muito triste com o que aconteceu, ontem eu chorei pela vidas e sonhos perdidos, chorei porque poderia ser eu, poderia ser meus amigos, poderia ser meus pais e minha família chorando a perda de um filho, chorei porque o mundo ta doido, porque inocentes estão morrendo pelas loucuras de poucos, poucos que fazem tanto estrago e tanto mal pra tantas pessoas.  Chorei por medo, por tristeza e por saudade de pessoas que ninguém mais vai ter a chance de conhecer porque suas vidas foram roubadas.

Quando esse tipo de atentado a vida acontece eu fico com raiva mas ontem e hoje só o que eu consigo sentir é tristeza.
Sinto muito, muito mesmo, que o mundo ainda esteja tão bagunçado que essas atrocidades ainda aconteçam. Ninguém deveria ter a possibilidade de tirar a vida de outra pessoa, vida é sagrada, única, intransferível e insubstituível. E qualquer crença ou valores que não acredite nisso deve ser substituída por algo melhor.



#prayfororlando
 
Ps: Uma pessoa no Twitter tava perguntando como as pessoas podem pedir pra rezarem se a maioria das religiões são homofóbicas, deixo aqui a mesma resposta que deram pra ela.

"religiões são homofóbicas, mas fé é esperança e suporte e em horas como essa é só o que resta."

Choro...


Faz um tempo que não escrevo (como sempre) mas resolvi escrever hoje, quero falar sobre dois assuntos mas acho que vou fazer dois posts separados, vamos ver como o texto corre.

Eu queria falar sobre o choro, se não me engano já escrevi algo sobre isso por aqui a algum tempo atrás, quando eu era mais nova eu não chorava, tava vendo uma postagem no face falando de alguém que chorou quando o pai do Simba morreu no rei leão e comecei a pensar, eu não chorei, não chorei quando os pais do Tarzan morreram, não chorei quando o Jack do Titanic morreu, em nenhum desses momentos históricos cinematográficos onde todo mundo chorou eu chorei, algumas pessoas diziam que eu era incessível bla bla bla, tipo eu ficava chateada com a cena mas não o suficiente pra chorar e ao longo da minha adolescência e tal, teve momentos que quis chorar, ficava com aquela vontade entalada na garganta, os olhos pedindo pra uma lágrima sair, mas nada.

Quando minha amiga morreu eu chorei por muito tempo, por muitos dias e as vezes ainda choro de saudade. Não sei porque eu não chorava, talvez a “dor” o sentimento não fosse suficiente pra transbordar mas depois que minha amiga morreu eu sinto mais, acho que foi um sentimento de perda tão forte e tão inesperado que seja lá que barreira eu tinha foi derrubada com a força desse sentimento, agora “infelizmente” eu tenho uma facilidade enorme pra chorar e as vezes isso me irrita, mas pelo menos aquilo não fica mais entalado na minha garganta.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Primos



Muito tempo que não escrevo aqui, mas hoje me deu vontade de escrever sobre um assunto que sempre roda na minha cabeça.

Eu tenho três primos, na verdade tenho muitos primos mas esses três são mais ou menos da mesma idade que eu, desses três, dois (L e P) são por parte de pai e somos a primeira geração de netos, o outro primo (R) é por parte de mãe.

O L é aquele primo com quem a gente sempre briga, desde pequenos, qualquer foto que você encontrar da gente ele ta fazendo careta pra mim, desde que me lembre a gente sempre discutiu não que eu me importasse, amo ele, ele gostando ou não huahahauah. Sempre me dei melhor com o irmão mais novo dele, foi com esse irmão que assisti HP pela primeira vez no cinema.  Hoje eu sei que a gente nunca se deu muito bem porque somos muito parecidos, sério, somos dois enjoados e em muita coisa pensamos iguais, mas ao contrario do mundo real onde isso faria da gente amigos, somos primos, família, o que já é alguma coisa.

O R é meu primo irmão de sangue de pai e mãe diferente, sempre nos demos bem, não posso dizer que alma gêmea não existe, quando tenho esse cara na minha vida, desde sempre, que me lembre ou não, sempre nos demos bem, somos cúmplices, amigos, irmãos, eu não sou muito de dividir minhas coisas, mas com ele faço questão de dividir, já falei que quando tiver minha casa ele vai ter um quarto pra ele lá, amo de mais esse cara, unica pessoa que pode chegar aqui em casa sem avisar e falar vou dormir ai e eu não mandar se lascar.

E ai tem o P, sabe aquele cara que você quer conhecer, que você quer ser amiga daquela pessoa, mas ele é inalcançável esse é o P, pelo menos era assim que me sentia em relação a ele quando éramos crianças, eu sempre quis ser amiga dele, vivia atrás dele, ele tinha uma prima e vivia sempre com ela, quando era criança eu queria ser aquela prima, sabe aquele desejo que você tem de ser amigo de alguém e a pessoa nem tchum pra você, pois é. Eu ficava muito triste por isso, uma vez ele até me mordeu que machucou feio, foi uma confusão, quando crescemos e o irmão dele nasceu as coisas melhoraram um pouco, passamos a ser primos, mas nunca fomos amigos, isso me ensinou muito sobre relacionamentos, só a alguns anos atrás que eu deixei pra lá, ele não é meu amigo quem perde é ele, somos primos quando a gente se vê ele me abraça da um beijo, não é que seja falso mas é só o que ele faz com toda a família, uma vez a gente se encontrou numa festa kkkkkk aquilo sim foi falso huahauhaahuahua ele me viu e falou E ai o/ e eu falei E ai o/ e cada um foi pro seu lado. Sei lá é uma coisa que nunca vou entender. 

Mas o que aprendi é que você não pode forçar ninguém a ser seu amigo, isso vem de dentro e quando não é sincero da pra perceber. E que amigos dentro da família é muito raro, mas quando existem são muito especiais.